Equipe reunida dando boas-vindas a novo cliente em sala de reunião moderna com laptops e tablets
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No universo das agências digitais, conquistar um novo cliente não é o fim da corrida. Na verdade, é o ponto de partida para uma relação que precisa de confiança, clareza e resultados desde o primeiro contato. Eu já acompanhei dezenas de processos de integração bem estruturados – e vários outros desastrosos. O que separa esses dois extremos, quase sempre, é a forma como a agência conduz a experiência inicial do cliente.

Um processo de onboarding eficiente é o fundamento para retenção, satisfação e margem saudável. É aqui que nasce o sentimento de previsibilidade e liberdade operacional que tanto buscamos construindo uma agência de alto desempenho. Minha rotina mostra que, sem estrutura, expectativas se desencontram, entregas atrasam e a margem some no retrabalho.

Neste artigo, compartilho um passo a passo aplicado, baseado em experiências reais, métodos do ecossistema da Agências Lucrativas e as melhores práticas de mercado. O objetivo é simples: transformar o seu processo de início de projetos em uma máquina de valor para agência e clientes, reduzindo dependência do dono, organizando processos e aumentando previsibilidade.

Onboarding bem feito é sinônimo de cliente satisfeito e processos claros.

O conceito de onboarding em agências digitais

Ao longo dos anos, notei que muitos confundem onboarding com uma sequência rápida de reuniões e trocas de documentos. Mas, na prática, é algo maior: um processo desenhado para garantir que o novo cliente entenda o valor da sua agência, tenha clareza sobre prazos e responsabilidades, e se sinta parte da construção do que será entregue.

Segundo estudos apresentados na Revista Científica Unilago, o avanço tecnológico e a globalização elevaram o nível de expectativa e concorrência no setor. Ter processos claros de integração tornou-se estratégico para garantir retenção, fidelidade e diferenciação.

O onboarding, portanto, é o fio condutor que conecta venda, operação e gestão, estruturando o início da jornada do cliente. Quando bem planejado, reduz ruídos, melhora índices de sucesso e acelera o momento em que o cliente percebe valor.

A seguir, compartilho um guia prático em sete etapas. Cada fase foi pensada para fortalecer os três pilares que eu aplico no Método AGL: Aquisição, Gestão e Lucro.

Etapa 1: recepção, boas-vindas e alinhamento inicial

A experiência do cliente começa antes mesmo do kickoff técnico. Um erro frequente é deixar esse momento frio, protocolar. Prefiro conduzir uma integração humanizada, pois o cliente precisa sentir que tomou a melhor decisão. Portanto, esta fase se divide em três pontos principais:

  • Mensagem personalizada de boas-vindas: pode ser por e-mail, WhatsApp ou até um vídeo curto gravado por você ou alguém do time. Apresente quem vai conduzir o projeto e os próximos passos esperados.
  • Documentação de onboarding: envie um material sucinto mostrando o que será abordado no processo, incluindo o cronograma inicial, principais canais de atendimento e contatos úteis da agência.
  • Reunião de alinhamento: marque uma reunião breve (30 a 45 minutos) para entender o cenário do cliente, explicar a metodologia de trabalho da agência e alinhar expectativas sobre os resultados e marcos das próximas semanas.

Aqui, transparência é um valor não negociável. Quanto mais claro, menor o risco de frustração e retrabalho.

É nesta recepção que se planta a primeira semente da confiança, fundamental para a rotatividade de clientes diminuir e a agência migrar para um modelo menos dependente de indicação ou prospecção constante.

Etapa 2: coleta de informações, briefing detalhado e estratégico

Muitas agências escorregam nesta etapa por tratar o briefing como uma formalidade. Na minha experiência, questionários genéricos e sem contexto raramente entregam o que a equipe precisa. O ideal é combinar coleta sistematizada de dados com conversas abertas sobre histórico, desafios e diferenciais.

  • Questionário estruturado: envie um formulário objetivo, contemplando desde detalhes técnicos de produto/serviço até posicionamento, metas, ferramentas já utilizadas e tom da comunicação.
  • Reunião de briefing: esta conversa serve para detalhar pontos sensíveis, identificar oportunidades que podem ter passado despercebidas e já definir restrições técnicas ou legais. Costumo conduzi-la com a presença dos responsáveis pelo atendimento, criação e planejamento.
  • Documentação viva: utilize plataformas como Google Docs ou Notion para registrar o briefing completo. Sempre compartilhe com o cliente para que ele possa editar ou comentar quando necessário.

Além de criar um histórico, este material serve para consultar quando surgirem dúvidas no futuro, reduzindo retrabalho e acelerando aprovações – temas abordados em diversos conteúdos do blog da Agências Lucrativas.

Etapa 3: solicitação de acessos e organização de dados

Logo após a coleta do briefing, parte do time já pode mapear e solicitar acessos às plataformas necessárias para o funcionamento do projeto. Isso inclui:

  • Logins e senhas de redes sociais, contas de anúncios, landing pages, sistemas de CRM, analytics e qualquer outra ferramenta digital utilizada pelo cliente.
  • Acesso a bancos de imagens, arquivos de identidade visual e materiais de campanhas anteriores.
  • Pontos de contato com TI, caso haja integrações técnicas no escopo.

Costumo sugerir ao cliente consolidar tudo em um único arquivo, centralizando informações e reduzindo idas e vindas. Ferramentas de senhas compartilhadas como 1Password ou LastPass simplificam a rotina do time e minimizam brechas de segurança.

Se esses dados não chegam logo no início, os primeiros dias do projeto se perdem em espera, atrasos e aquela angústia de “já era para ter começado”. Fluidez é uma arte no onboarding.

Equipe de agência e cliente reunidos em mesa discutindo briefing

Etapa 4: entrega do kit da marca e documentos-base

Com informações e acessos resolvidos, encaminho ao cliente um pacote de documentos que chamamos de kit da marca. Este material serve de base para todo o trabalho criativo e estratégico, e racionaliza o contato entre as equipes.

O kit geralmente inclui:

  • Manual da marca com paleta de cores, fontes e aplicação de logotipo;
  • Arquivos originais de logos e elementos gráficos vetorizados;
  • Templates padronizados para propostas, e-mails e apresentações;
  • Documentos de posicionamento de marca, tom de voz e diferenciação;
  • Políticas internas (como uso de dados, confidencialidade e aprovações).

Esse acervo agiliza a integração e elimina dependência de e-mails soltos ou buscas demoradas por links e arquivos em pastas desorganizadas.

A entrega é feita por um link compartilhável único, de preferência já organizado em pastas intuitivas (por exemplo: /Imagens, /Fontes, /Templates, /Posicionamento).

Etapa 5: integração com ferramentas e automações

Na rotina de uma agência digital madura, a palavra de ordem é padronização. O onboarding é o momento ideal para mapear como cada projeto será acompanhado, garantindo que todos os envolvidos sigam a mesma lógica operacional.

Ao longo do tempo, implementei fluxos baseados em Kanban digital para garantir visibilidade total das etapas. A metodologia Kanban, como mostra o artigo da UNISUAM, permite identificar gargalos rapidamente e prever atrasos, tornando o fluxo de trabalho mais sólido.

  • Criação do board: abra um quadro Kanban virtual (Trello, Asana, ClickUp ou similares) com listas para cada etapa do onboarding, tarefas por responsável e prazos claros.
  • Integração de ferramentas: conecte a plataforma de produtividade ao CRM, sistema de atendimento e ferramentas de comunicação interna (Slack ou Microsoft Teams, por exemplo) para reduzir retrabalho e melhorar notificações.
  • Automação de reuniões e alertas: configure lembretes automáticos para envio de feedbacks, atualização de status e follow-up com o cliente.

Padronizar o que se repete libera o time para ser mais criativo onde realmente importa.

No blog da Agências Lucrativas, já trouxemos cases e processos sobre como automações impulsionam a produtividade e o acompanhamento eficaz do progresso do cliente.

Quadro Kanban digital com tarefas de onboarding em agência de marketing

Etapa 6: planejamento inicial de campanhas e estratégias

Com dados em mãos e fluxo organizado, é hora de sentar com o cliente e alinhar o plano tático para o curto prazo. Recomendo traçar um roteiro dos primeiros entregáveis, sempre com foco em metas e KPIs (indicadores-chave de performance) palpáveis.

  • Priorize entregas rápidas (quick wins): mapeie quais ações podem gerar resultado em até 30 dias – uma campanha de geração de leads, ajuste na régua de e-mails ou melhorias no site, por exemplo.
  • Monte um cronograma realista: divida etapas em sprints semanais, com entregas intermediárias para alinhar expectativas e demonstrar evolução ao cliente.
  • Defina responsáveis: cada atividade deve ter um responsável técnico (redator, gestor de tráfego, designer) e um ponto focal para o cliente aprovar ou ajustar os caminhos definidos.

Essa etapa é crítica para agências que buscam previsibilidade e margem: sem ela, o cliente sente que “nada saiu do papel” e sua equipe fica presa em tarefas urgentes, perdendo ritmo e confiança.

No contexto do ecossistema Agências Lucrativas, eu sempre destaco que clareza em cada mini-entrega é uma das armas secretas para retenção e aumento do ticket médio.

Etapa 7: definição, apresentação e acompanhamento dos primeiros entregáveis

Aqui está o ponto onde o onboarding começa a converter interesse em confiança e contratos em resultados. Depois de planejar as primeiras ações, apresento ao cliente um documento simples contendo:

  • Quais entregáveis ele pode esperar no primeiro ciclo (geralmente 15 a 30 dias);
  • Como e onde monitorar o progresso (dashboard, links compartilhados, e-mails semanais);
  • Critérios de aprovação e solicitações de ajustes.

Apresente os entregáveis de forma visual, usando slides ou boards de acompanhamento, para reforçar comprometimento e transparência.

Esta etapa também marca o início do acompanhamento de performance. Comunique-se semanalmente (mesmo que seja para informar “tudo segue como planejado”). Nos meus projetos, criar esse hábito fez a diferença entre clientes satisfeitos e os famosos “sumidos” que só reaparecem para cobrar ou cancelar.

Um exemplo real: certa vez, um cliente desavisado acreditou que nossa entrega só aconteceria dali a dois meses, quando na verdade já entregávamos demandas parciais toda semana. A solução foi ajustar nossa apresentação visual dos marcos e criar alertas automáticos de atualização. Simples e poderoso.

Dashboard digital mostrando entregáveis, prazos e status do onboarding

Organização de processos internos e participação da equipe

Um dos aprendizados mais transformadores que tive na Agências Lucrativas é que processos bem documentados libertam o dono e engajam o time. O onboarding não é uma atribuição exclusiva do atendimento: integra planejamento, criação, mídia, comercial e até financeiro.

Em meus fluxos, determino “donos” para cada etapa – alguém que lidera, atualiza o Kanban e reporta o andamento ao cliente. Os ritos de alinhamento (dailies rápidas, reuniões semanais) garantem transparência e reduzem retrabalho.

Com a participação multidisciplinar ativa, reduzimos falhas de comunicação e aumentamos a velocidade na resolução de dúvidas. Se possível, aplique protocolos de passagem de bastão (handoff) entre times, sempre registrando tudo em sistemas centralizados.

Para detalhes práticos de processos, indico a leitura sobre erros que travam o crescimento das agências, com exemplos reais de como a falta de processos arrasta projetos.

Fluxos padronizados, ferramentas e acompanhamento do progresso

Sem um fluxo claro, todos se perdem. Nos projetos que acelerei, os melhores resultados surgiram após a escolha de ferramentas padronizadas para cada etapa:

  • Torre de comunicação oficial (Slack, Teams, ou WhatsApp para temas emergenciais);
  • Kanban para as demandas do onboarding, acessível a todos na equipe e – com limites – ao cliente;
  • Dashboard de entregas em tempo real, integrando automações de atualização por e-mail;
  • Documentos vivos revisados a cada ciclo de entrega (salvos em Drive ou Notion, com rastreio de versões);
  • Questionários de satisfação enviados ao final do onboarding.

A combinação de workflow digital + checkpoints semanais previne surpresas desagradáveis e reduz a dependência de “memória” para controlar prazos ou entregas.

Sigo a mesma lógica nas mentorias e treinamentos da Agências Lucrativas, pois agências lucrativas e previsíveis são aquelas que tratam o onboarding como processo, e não como evento isolado.

Alinhamento de expectativas e comunicação transparente

Boa parte dos cancelamentos de contratos em agências digitais nasce de expectativas desalinhadas no onboarding. Para evitar isso, compartilho sempre:

  • Agenda clara de entregas, com datas, checkpoints e responsáveis;
  • Critérios objetivos para medir sucesso em cada etapa;
  • Canal aberto para dúvidas, feedbacks e sugestões em tempo real.

Em reuniões iniciais, costumo alinhar linguagens (ex: “ao dizer lead, o que você entende?”), limites do serviço (“não cuidamos de SAC, mas podemos indicar alguém”) e políticas de urgência.

Quanto mais clara a régua de expectativas, menor o risco de “promessa não cumprida” e crises de relacionamento.

Se precisar de apoio para definir preços ou limites de escopo, vale conhecer o conteúdo sobre formação de preços de serviços digitais e como evitar prometer além do que seu time pode cumprir.

Coleta de feedback e monitoramento das primeiras interações

Ao final do onboarding, sempre solicito ao cliente um feedback estruturado. Pode ser via formulário objetivo, ligação rápida ou mensagem por WhatsApp. Pergunto:

  • Como foi a experiência de integração nos primeiros dias?
  • O que ficou mais claro nesse início e o que poderia melhorar?
  • Sentiu falta de alguma informação, ferramenta ou comunicação?

Esse retorno alimenta melhorias constantes e mostra que a agência valoriza a voz do cliente.

Para monitorar tendências e ajustar processos de forma contínua, mantenho indicadores como tempo médio do onboarding, nota de satisfação inicial e tempo até a primeira entrega efetiva.

Não à toa, estudos científicos destacam o papel da tecnologia e de rituais estruturados como catalisadores do sucesso e da retenção de contas.

Conclusão: onboarding eficiente é sinônimo de agência saudável

Com quase duas décadas acompanhando agências digitais por todo o Brasil, posso afirmar: a diferença entre uma operação cheia de urgências e uma agência escalável está, muitas vezes, no cuidado com o onboarding. É esse processo que constrói confiança, organiza o fluxo, padroniza entregas e estabelece uma régua para o relacionamento futuro.

Não existe lucro estável ou liberdade operacional sem previsibilidade no início da jornada do cliente.

Se você está pronto para estruturar seu processo e construir uma agência menos dependente de você, recomendo imergir nos conteúdos, mentorias e treinamentos do universo da Agências Lucrativas. Nosso compromisso é caminhar juntos rumo à autonomia empresarial, margem elevada e equipes que entregam sem depender da sua presença em cada detalhe.

Agora, quero saber: qual etapa você acredita que precisa mais atenção no seu fluxo? Reavalie, reformule e, se quiser acelerar seu crescimento, conheça as soluções do Agências Lucrativas para transformar onboarding em lucro.

Perguntas frequentes sobre onboarding de clientes em agências

O que é onboarding de clientes em agências?

Onboarding é o conjunto de ações e processos destinados a integrar um novo cliente ao fluxo de trabalho da agência, promovendo alinhamento, coleta de informações essenciais e construção de confiança desde o início. Em agências digitais, esse processo formaliza expectativas, esclarece papéis e antecipa possíveis gargalos, preparando o terreno para entregas ágeis e alinhadas às metas do cliente.

Como estruturar um bom onboarding na agência?

Estruturar um onboarding de sucesso envolve dividir o processo em etapas claras: recepção, coleta de briefing, solicitação de acessos, entrega de materiais-chave, integração com ferramentas, planejamento de entregas e acompanhamento inicial. Organize cada fase em plataformas de gestão de tarefas, envolva diferentes áreas da equipe e mantenha comunicação aberta com o cliente. Utilizar fluxos padronizados e automações contribui para previsibilidade e menor risco de falhas.

Quais etapas são essenciais no onboarding?

As etapas essenciais incluem: 1) Recepção e boas-vindas, 2) Coleta de informações detalhada, 3) Solicitação de acessos, 4) Entrega do kit da marca, 5) Integração de ferramentas e times, 6) Planejamento inicial de campanhas, 7) Definição e acompanhamento dos primeiros entregáveis. Cada etapa deve estar integrada a um fluxo de acompanhamento padronizado e transparente para cliente e equipe.

Por que o onboarding de clientes é importante?

O onboarding impacta diretamente a satisfação, retenção e previsibilidade da agência. Processos de integração bem estruturados reduzem o risco de ruídos de comunicação, atrasos, retrabalho e entregas desalinhadas. Segundo estudos recentes, investir em onboarding é um dos fatores que mais contribuem para o sucesso de longo prazo e a estabilidade financeira de agências digitais.

Como melhorar a experiência do cliente na agência?

Para aprimorar a experiência do cliente, mantenha comunicação clara, personalize o contato inicial, ofereça acompanhamento contínuo, solicite e implemente feedbacks e estruture entregas visuais e fáceis de monitorar desde o onboarding. Automatizar atualizações, padronizar rituais e alinhar expectativas desde o primeiro dia são estratégias que elevam a percepção de valor e confiança na atuação da agência.

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